sexta-feira, 20 de março de 2009

uma mala especial


Desde que soube da gravidez, após duas semanas, mesmo passando pelos problemas lá com a placenta e com a incerteza do progresso da gravidez, comecei a ganhar uns presentinhos de amigas... Uns paninhos para limpar boca, da Musa; um touca encomendada pela Pri com uma caveirinha bordada, sapatinho de lã da minha mãe... Uma delícia ganhar essas coisinhas tão pequenas que começam a montar em mim a imagem do bebê que as usará.

Depois, fui ganhando mais coisas e quando entrei no terceiro mês o Ricardo decidiu aproveitar a vinda da Lelah para o Brasil para comprar boa parte das coisas que o bebê necessitará. Comprar essas coisas no exterior é mais barato e as coisas têm boa qualidade; comprar os mesmos produtos no Brasil sai, pelo menos, quatro vezes mais caro.

Com a chegada da Lelah com as coisas do bebê resolvi juntar ao enxoval todos os presentes que já tinha ganhado e ocupar uma das minhas malas de viagem com estes pequenos, preciosos e meigos pertences. Depois fui ganhando e comprando mais coisas bacanas... Maria Carolina, uma amiga meio irmã, meio parecida e meio diferente de mim, me deu praticamente um enxoval novo... Muitas roupinhas lindas com os tamanhos pensados em função do tamanho da criança e estações do ano, tipo: quando o bebê estiver com 6 meses estará calor e ele usará roupa tamanho M... Que delícia ter amigas que pensam em tudo! :p

De repente comecei a perceber o quanto que a mala tranformou-se num ritual para mim. Um delícia sentar na sala (no quarto não cabe!), abrir a mala, tirar tudo e ir olhando, olhando... Pegar um macacão e imaginar um bebê ali dentro, o meu bebê. A pessoa que muito provavelmente será a mais amada da minha vida... Penso numa frase assustadora dita num email pela Ana Clara, outra amiga muito importante e especial: "ter filhos é passar a andar com o coração do lado de fora do corpo". Bom... Nem preciso dizer que quase matei a Ana por ter me mandado essa frase forte, castradora e ... verdadeira!

Tenho que confessar que ainda não amo loucamente essa criança...É estranho... Mas pouco sinto e pouco me relaciono com ela... Acho que estou fascinada pelo acontecimento que esta prestes a eclodir na minha vida e, certamente, que sofreria dor de morte caso a criança por ventura não viesse fazer parte da minha vida... É o amor em construção. E a mala me ajuda neste exercício.

Um comentário:

  1. Estou amando acompanhar teu blog, é tanta emoção e tão bem descrito, praticamente uma novela mexicana, hehehehe! brincadeirinha, como tia, é assim que consigo acompanhar e de certa forma me sentir mais próxima desse momento tão especial na tua vida. Minha amiga, sempre falamos sobre um dia vivenciar isso, pois então, não foi planejado desda forma ou pra esse momento, mas é tão lindo e tão abençoado que se percebe como tudo se encaixa, vai se definindo e se acertando. Te amo e te apoio por todos momentos, sempre torcendo por ti e agora por essa vida nova e linda que está se gerando.
    Gnd beijo e forte abraço apertado

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