sábado, 7 de março de 2009

Contando para o pai do Bebê

Eu simplesmente não sabia como e SE deveria contar.

Minha única impressão era a de que eu realmente estaria acabando com a vida dele. Um moço tão querido pelo qual eu havia me apaixonado e que, muito provavelmente passaria a me odiar.

Contei para poucos amigos mais íntimos que me aconselharam a contar o quanto antes para seguir minha vida com ou sem a parceria do pai do bebê. Lembro-me bem do discurso de cada um: Milton, Mary Ann .

Tive também a parceria de amigas como a Ana (pasma), Priscilla (sádica), Lelah(tranquilidade em pessoa): cada uma com o temperamento que lhes é peculiar.
A reação da Nádia, minha roomate e amiga foi um bom termômetro para mim. No começo, ela ficou naturalmente assustada e até amedrontada; lembro-me que dizia: "é sérioooooo?" Com um ar funebre de preocupação. Depois passou a encarar como se fosse a coisa mais natural essa que estava acontecendo comigo... Vale lembrar que esse comportamento dela é muito similar ao do nosso gato Jack. Quem conhece sabe do que eu estou falando. Eu fiquei estranhamente tranquila e ela ficou também! :) Aliás, o próprio Jack ficou também. Já "Nick 13", nosso outro gato, nem ligou.

Minha irmã Giu e meus pais foram os primeiros a saber... Mas como é natural do temperamento da minha mãe que é astróloga e do meu pai, que é artista, eles pareciam estar 100% felizes, sem preocupação com os demais pormenores que descrevi nos posts anteriores.

Então, foi assim que decidi contar para o meu... meu... meu... Amigonamoradopríncipe... Ou seja
lá o que ele significava pra mim naquele momento: muito provavelmente um breve inimigo...

Decidi, por uma questão de segurança pessoal, contar pelo telefone.

A conversa foi surpreendentemente diferente daquela que eu esperava. É claro que ele ficou chocado, mas dedicou boa parte da conversa a tentar me acalmar. Desliguei aliviada. Mas ainda com todos os medos descritos outrora.

No dia seguinte marcamos uma conversa, frente a frente... Eu não fazia idéia do teor da conversa mas lá fui... Eu precisava encarar essa.

A conversa foi mais uma vez uma grande surpresa para mim. Compartilhamos os nossos sonhos de sermos pais um dia e um fundinho de felicidade com essa possibilidade. Nos tranquilizamos. Deixamos sentir um pouco de felicidade, enchemos a cara do vinho que tomávamos para namorar (eu,apenas um cálice, que aliás foi o penúltimo gole de bebida alcoólica que tomei até hoje; o último foi o de um pró-seco na mesma semana, na festa de finalização do meu ex trabalho)

Decidimos também não ficar juntos. Concordamos que embora nos gostássemos muito, seria forçado demais "contratar"um namoro ou casamento por causa da gravidez já que as coisas não tinham ainda acontecido naturalmente. Tinha também o fato de que ele, em breve, partiria para a Espanha (onde fará um curso de 1 ano), sonho esse do qual compartilho e dou 100% de apoio. Decidimos por fortalecer nossa amizade e nossa parceria em torno da gestação de um filho, que a partir de agora, passou a ser duplamente querido.
Não posso deixar de dizer o quanto eu me senti amadurecida com essa decisão inédita...Era confuso sentir: "gosto dele mas vou libertá-lo". Mesmo doendo, é nisso que eu acredito agora.

Na mesma noite de conversa decidimos um dos nomes: se for menina será Alice.

Voltei pra casa com um sentimento de comoção e paz... Ainda com medo... Mas com uma tranquilidade estranha, eu pensava... "TÔ TRANQUILA POR QUÊÊÊÊ?"

Um comentário:

  1. estou passando por isso, nao to com o pai do meu filho, nao sei como contar. ele er meu ex namorado, mas acabei engravidando numa recaida, quase volta, depois de seis meses separados :x Ele é o unico cara que eu amei, amo e vou amar ! e eu penso da mesma maneira sobre '' estragar '' a vida dele, os sonhos ! naao sei oque fazer, :(((

    ResponderExcluir